Reduzir os gastos nem sempre é um bom negócio


Em tempos em que as margens do negócio ficam cada vez mais arrochadas é compreensível que as empresas busquem reduzir os seus gastos, possivelmente pretendendo ser atendidas por profissionais que custem menos, em especial, na administração e contabilidade.

Certamente não se pode afirmar que todo profissional que subavalie os seus honorários seja desprovido da qualificação que a complexidade da legislação e o mercado reclamam, mas, visto que a atualização constante também tem o seu preço, é improvável que sendo mal remunerado existam condições efetivas de se manter um nível elevado de qualidade na prestação de serviços.

De qualquer forma, o fato é que a empresa tem o direito de buscar a melhor relação entre os custos e os benefícios oriundos de seus contratos. Entretanto é salutar que o faça sem concorrer para a criação de passivos contingentes, como, por exemplo, pela inobservância de alguma particularidade fiscal, cujos reflexos tendem a se manifestar somente após as multas terem alcançado patamares, às vezes, de difícil absorção.