A administração das empresas nem sempre tem ciência dos riscos que a cercam, além das questões mercadológicas usuais.
No campo das obrigações acessórias, os desafios crescem proporcionalmente ao porte empresarial.
Nem mesmo as microempresas escapam, pois em algum grau sua movimentação poderá levar a algum tipo de circularização ou comparação de dados.
Temos os reflexos clássicos das informações bancárias, visto que periodicamente o Fisco sabe quais são os montantes de entrada e saídas das contas correntes, mas há também situações especiais como quando, por exemplo, a declaração anual é informada à Receita.
As demais empresas logo mais terão que apresentar também a sua declaração anual de imposto de renda, além de outros informes anuais e mensais, conforme o regime fiscal.
O que a administração precisa levar em conta é que há sempre uma ou mais formas de serem confirmados de ofício os dados que entrega ao Fisco, ou seja, se houver alguma informação conflitante a Receita Federal terá condições de detectar.
Portanto, é urgente que se invista na obtenção de segurança quanto à qualidade dos dados entregues à Fazenda, pois o risco tende a diminuir quando o ajuste, porventura, necessário é efetuado de forma espontânea.
P.S.
Você sabia que para legitimar a distribuição de lucros com isenção do imposto de renda - pelo critério societário - é imprescindível que os livros do período em questão tenham sido devidamente registrados? Pense nisso!