Houve um período em que defendi com tenacidade a revisão de métodos e procedimentos administrativos, por entender que resultariam no aperfeiçoamento do controle interno e por extensão da contabilidade.
Contudo, tive que me render à constatação de que por mais desejável que fosse ter em mãos relatórios contábeis de qualidade, era preciso buscar o equilíbrio da relação custo-benefício, o que, aliás, a própria legislação prevê.
Considerando o quadro que foi colocado diante de nós ao longo desses últimos anos, não há alternativas, ou a empresa ajusta os seus procedimentos ao mínimo legal ou poderá inviabilizar o seu negócio. É simples assim.
A situação está tão crítica que um desvio milimétrico na organização de seu dia a dia ou nos registros fiscais ou contábeis desses eventos já será o bastante para criar dores de cabeça razoáveis aos envolvidos.
Não há solução mágica, a administração precisa repensar a empresa, rever suas políticas, metodologias e qualificação. É vital que atue preventivamente, diagnosticando as áreas que podem ocultar riscos ainda não dimensionados.
Parece-me apropriado lembrar-lhe de que sucesso passado não é garantia de nada, que a única coisa certa é que estamos diante de um mundo inexplorado, um mundo que pode se revelar inóspito aos visitantes, mas que pode ser domado pelos novos desbravadores.