Profissionais da administração e da contabilidade têm que mudar, ou poderão não sobreviver. É claro que o risco não alcança somente esses profissionais, mas, como estão na linha de frente dos negócios, o que eventualmente atingir a empresa acabará afetando-os, de uma forma ou de outra.
Os desafios que acompanham o empresariado não são poucos, isso é fato, mas nossa legislação tem conseguido ocupar posição de destaque. O volume de normas, principalmente tributárias, continua crescendo e não dá sinais de que irá se comportar de forma diferente.
Se antes os cursos já eram acusados de disponibilizar profissionais despreparados para os anseios do mercado, agora é patente: eles sequer vêm preparados para o mundo de ontem. Ou seja, apesar de necessária, a instrução acadêmica dificilmente dará conta do recado.
Administradores e contadores têm que redescobrir a arte do autodidatismo, aprendendo ainda a manter a percepção aguçada, pois, na velocidade em que o mundo corre, nunca haverá tempo suficiente para que todas as variáveis sejam esquadrinhadas.
Enquanto isso resta ao empresariado investir em mecanismos de controle de qualidade de tais serviços, pois, na hipótese de danos decorrentes de negligência, imperícia ou imprudência, mesmo tendo direito à ação regressiva, na maioria das vezes os sócios ou diretores serão os primeiros a serem responsabilizados perante os terceiros que forem lesados ou, conforme o caso, cujas diretrizes normativas vierem a ser desrespeitadas.