A. Esgoti

O planejamento é uma arte que pode ser aprendida e dominada por virtualmente todos, excetuados os casos patológicos, claro. Trata-se de uma técnica que vem em nosso auxílio para facilitar o processo de desenho do futuro que almejamos ou idealizamos. Embora também seja possível obtermos alguns resultados importantes sem que nos concentremos nas questões que lhes servem de fundamentos, o caminho mais natural para que a realidade do sujeito seja aperfeiçoada ou reconfigurada é investir na formulação de um plano para tanto. Em outras palavras, quem pretende alcançar a vida de seus sonhos terá que pagar o preço de planejá-la, identificando os conhecimentos de que necessitará no processo e o curso de ações que deverá implementar no dia a dia. A alternativa seria deixar-se levar pelo modelo criado por outros, o que pode ser contraproducente, pois nem sempre aquilo que é benéfico para um servirá para os demais. Mas, mesmo quando há certa sintonia entre os objetivos, o pleno aproveitamento requer de uma forma ou de outra que se atinja algum grau de consciência acerca do próprio papel. Enfim, se alguma coisa nos desagrada temos o indício de que é preciso iniciar a mudança. Longe de representar transtornos impostos por uma natureza fria, os desconfortos sinalizam que em alguma parte de nosso ser sabemos que a realidade poderia ser diferente. Resta-nos, então, entrar em sintonia com esse anseio, dispondo-nos a caminhar rumo ao nosso ideal.