A. Esgoti

Entre um comportamento predominante otimista e um pessimista é preferível que o otimismo se sobressaia, porque, além de haver melhoria na qualidade de vida do indivíduo, as pessoas com as quais se relaciona serão poupadas da dor de cabeça que provoca a conduta contrária. Mas, que ninguém se engane, não conseguirá resistir por muito tempo aquele cuja única ou principal estratégia seja o otimismo. Será preciso desenvolver um recurso adicional. Isso ocorre por uma razão muito simples: além de nem todos serem realmente confiáveis, nem tudo é o que parece. Com treino é possível fazer o ceticismo funcionar semelhantemente a um cão farejador, reagindo ao menor sinal de ameaça. É preciso ter a percepção aguçada para detectar áreas que poderiam representar algum risco, começando com o maior deles, o de subestimar as ameaças. Por outro lado, confirmada a inexistência de maiores problemas, precisará entrar em cena o otimismo que manterá a pessoa caminhando mesmo quando o céu estiver cinzento ou a visibilidade inadequada. Até porque usualmente não basta ir na direção certa. A vida costuma exigir passos determinados.