Religião e negócios


A relação entre religião e negócios pode até ser benéfica, contanto que os envolvidos respeitem sua função social, moral e ética. De um lado podemos ter na figura do líder ou sacerdote alguém interessado em contribuir para a formação de empresários, profissionais liberais ou colaboradores imbuídos de uma consciência que privilegie a obtenção de maior bem-estar, sem que para isso se coloque em risco o bem comum. Essencialmente a religião não se confunde com negócios, embora alguns aparentem ignorar tal característica. Visto que é o próprio ser humano que sempre está à frente da religião, dos negócios, das artes, das ciências, etc. para que quaisquer inter-relações sejam saudáveis é preciso que o indivíduo detenha um caráter que esteja marcado pelos mais nobres valores. Se assim não o for, da mesma forma que poderiam degenerar as relações entre negócios e artes ou ciências, a religião correria o risco de ser completamente desfigurada. Naturalmente, não porque a religião em si fosse o problema, mas pela má fé das pessoas que dela se utilizassem. Noutras palavras, é como se o ser humano tivesse como potenciais: o "toque de midas", podendo transformar em ouro aquilo em que tocar; ou a "maldição do gárgula cinzento", podendo petrificar o seu alvo. A diferença entre os resultados basicamente estaria na escolha, a qual, por sua vez, decorreria dos valores que norteia o sujeito. Valores esses que, aliás, podem ser reciclados, desde que o indivíduo assim se disponha.