Quebra de paradigmas na gestão


Nem todos se surpreendem com a constatação de que não estamos mais no período da revolução industrial, pois acompanharam a evolução dos processos, ajustando-se às demandas sociais, aos deveres legais e lições da jurisprudência contemporânea.

Mas infelizmente alguns ainda não se deram conta de que os tempos são outros, de que não é mais possível desrespeitar impunemente a dignidade do trabalhador, embora numa perspectiva moral mesmo antes a conduta já fosse reprovável.

Ainda que a contragosto daqueles que inutilmente reprovam o modelo, temos visto o questionamento de paradigmas dignos de nota, o que, se possível fosse, deixaria atônitos os estudiosos da escola antiga de administração.

Justa causa rescisória tem sido revertida e ex-empregadores têm sido condenados aos efeitos da reintegração contratual, por exemplo, porque o que antes era tido como falta gravíssima passou a ser entendido como questão de saúde.

Dentre outros casos, a empresa nem sempre pode contratar o profissional que tenha em conta de mais apto, visto que o imperativo da inclusão social acaba fazendo com que as quotas previstas na legislação sejam observadas.

O aconselhável é que quem se dedica à atividade empresarial faça primeiro o dever de casa, sendo coerente com uma moral elevada. Em seguida é preciso que estude com profundidade razoável os requisitos de seu mercado, dispensando atenção especial às normas jurídicas que obrigam a empresa.

Esses cuidados, dentre outros, por si, não assegurarão o êxito do negócio, pois a equação é bem mais complexa. Contudo, se tais aspectos forem desprezados, aos investidores poderão sofrer graves perdas. Ou seja, na prática, nem sempre o caminho mais curto é o melhor.