Alguns gestores se comportam como se a lucratividade nas operações ou a rentabilidade do capital investido nos negócios e a virtude social fossem conceitos necessariamente antagônicos, estando justificadas quaisquer medidas para sua consumação.
Não, não são. Mas é possível que se configure desta forma, caso o empresariado esteja disposto a sacrificar tudo o mais em nome apenas da acumulação do capital, sob a ilusão de que não lhe coubesse cumprir função social alguma.
O ideal é que, em vez de desprezar suas responsabilidades, os investidores consigam superar as limitações que porventura os assombrem, privilegiando o desenvolvimento autêntico do meio em que atuam.
Assim procedendo a empresa encontrará no lucro ou na rentabilidade o testemunho de que a riqueza pode ser um instrumento a serviço da solidariedade e, neste sentido, da promoção do gênero humano.
Em outras palavras, ao abdicar da instrumentalização das pessoas com as quais se envolve no desenrolar de suas atividades, a empresa se predispõe a obter o lucro justo, a rentabilidade de que é merecedor quem aplica os seus recursos no que há de mais importante.