Os negócios convivem com risco da manifestação de um vício, que pode ser muito danoso a gestores e a trabalhadores, trata-se do comportamento desrespeitoso, seja por parte daquele que se julga superior por possuir o capital, seja na perspectiva daqueles que têm a proteção da lei, devido à presumível condição hipossuficiente.
De um lado, administradores, supervisores e coordenadores podem se sentir tentados a tratar os seus subordinados como se fossem objetos repugnantes, e, de outro, empregados e colaboradores podem ter a intenção de caminhar sempre prontos ao enfrentamento, julgando que a empresa é essencialmente nociva ao trabalhador, e, por isso, digna de ser combatida de forma vigorosa.
Mas, o dia a dia do Judiciário tem conseguido desmistificar a questão, confirmando que pode haver excessos de ambos os lados. Já não é mais possível a condenação pura e simples de um ou de outro apenas em função do grupo ao qual pertença.
Apesar dos desafios que a sociedade ainda enfrenta nesse campo, encontramos empresas que têm chamado a atenção justamente pelo grau de respeito existente entre gestores e trabalhadores, os quais se veem como parceiros, acima de tudo, esforçando-se pela preservação de um ambiente em que impera a camaradagem e o apoio mútuo, numa sinergia digna de nota.
O fato é que sem um ambiente propício à criatividade, inovação e manutenção da qualidade nos processos será muito difícil, senão virtualmente impossível, a sobrevivência do negócio no mercado, reduzindo-se de forma dramática as chances de criação e distribuição da riqueza. Noutras palavras, quando um lado perde, o outro também sofre.