Negócios e fé são inconciliáveis, diriam alguns, até porque as ciências empresariais já seriam o bastante para que se assegurasse o êxito dos empreendimentos humanos.
Os defensores desta perspectiva partem da premissa de que não há desafios que escapem ao domínio da ciência e da técnica, ideologia com a qual precisamos concordar, embora somente em parte.
Contudo, uma das dificuldades de tal concepção pragmática é que o ser humano não é uma espécie cujo esquadrinhar se dê com tamanha tranquilidade ou que seja fácil de confinar numa caixa.
Aliás, nem o mercado consegue escapar de influências que a própria razão desconhece, padecendo, muitas vezes, dos mesmos males que assolam nossa psique.
Naturalmente é preciso que a administração faça a lição de casa, respeitando as regras de um planejamento bem organizado e tendo o discernimento para readequar o que se revelar necessário.
Mas, fica a questão: como suportar o dia a dia, enquanto não houver nada de concreto que possa ser realizado? Como se comportar enquanto são aguardados desdobramentos externos que poderão afetar o negócio?
Nesses casos, compartilhamos do ideal de Santo Inácio de Loyola que prevê o seguinte: "Aja como se tudo dependesse de você, sabendo bem que, na realidade, tudo depende de Deus".
Em outras palavras, como há um momento oportuno para cada propósito, quando o requerido da administração for o planejamento, o monitoramento ou o aperfeiçoamento dos projetos que assim seja.
Por outro lado, tendo feito tudo o que estiver ao seu alcance, desde que o gestor se sinta à vontade com a dinâmica, certamente caberá a utilização deste precioso recurso: a oração - que, inclusive, pode favorecer o processo intuitivo.