Equivocadamente alguns imaginam que o lucro seja a razão de ser da empresa, havendo autores que o tenham inclusive defendido como sua suprema meta.
Nessa perspectiva poderiam valer quaisquer estratégias que o assegurassem, sendo o ilícito apenas um conceito em franco atentado ao direito do capital, da propriedade.
É pouco provável que alguém discordasse de que sem acesso ao lucro os empreendimentos do setor privado são inviáveis, afinal é a riqueza que gera mais riqueza, inclusive possibilitando a filantropia.
A questão é de outra ordem. Basicamente o equívoco decorre da inadequada compreensão conceitual, pois o lucro nada mais é do que o resultado que se obtém da execução de algum plano.
Noutras palavras, se, por um lado, o lucro é necessário para a perpetuidade do negócio, por outro, ele apenas sinaliza o grau de acerto estratégico. É consequência, jamais causa do que quer que seja.