Prenúncio de crise(s)


As informações ainda são muito desencontradas, já que há nomes de peso do campo da pesquisa médica, inclusive internacional, que vão na contramão do que têm defendido alguns dos especialistas tupiniquins. O fato é que estamos diante de duas visões antagônicas. De um lado percebemos quem essencialmente defende que estaríamos diante de uma gripe, que certamente inspiraria cuidados e proteção ao grupo de risco, cujo vírus, porém, não teria o potencial destrutivo defendido por outros, que, até mesmo, se pautam por modelos pretensamente matemáticos capazes de apresentar um cenário com contornos apocalípticos, a julgar pelos números elevados das estimativas de prováveis vítimas fatais. Enquanto isso, governadores e prefeitos, sem saberem o que fazer ao certo, e alguns até mesmo se aproveitando da ocasião para algum ganho político, vão fechando praticamente tudo e confinando a quase todos, à medida que o presidente dá sinais de que não entendeu a seriedade do momento. Quando não se sabe ao certo o que é melhor, pode, de fato, ser o caso de parar, estudar e refletir, mas uma coisa é certa: não dá para ficar escondido para sempre, como se o vírus respeitasse decretos. Além disso, a presente crise da saúde, da forma como está sendo conduzida, tende a levar a uma crise econômica cujos desdobramentos podem ser preocupantes... Bem, resta-nos acompanhar a evolução do quadro, tomando os devidos cuidados, ao tempo em que replanejamos como emergiremos desse mar de confusão, notícias falsas, conflitos de interesse...