As informações ainda são muito desencontradas, já que há nomes de peso do campo da pesquisa médica, inclusive internacional, que vão na contramão do que têm defendido alguns dos especialistas tupiniquins. O fato é que estamos diante de duas visões antagônicas. De um lado percebemos quem essencialmente defende que estaríamos diante de uma gripe, que certamente inspiraria cuidados e proteção ao grupo de risco, cujo vírus, porém, não teria o potencial destrutivo defendido por outros, que, até mesmo, se pautam por modelos pretensamente matemáticos capazes de apresentar um cenário com contornos apocalípticos, a julgar pelos números elevados das estimativas de prováveis vítimas fatais. Enquanto isso, governadores e prefeitos, sem saberem o que fazer ao certo, e alguns até mesmo se aproveitando da ocasião para algum ganho político, vão fechando praticamente tudo e confinando a quase todos, à medida que o presidente dá sinais de que não entendeu a seriedade do momento. Quando não se sabe ao certo o que é melhor, pode, de fato, ser o caso de parar, estudar e refletir, mas uma coisa é certa: não dá para ficar escondido para sempre, como se o vírus respeitasse decretos. Além disso, a presente crise da saúde, da forma como está sendo conduzida, tende a levar a uma crise econômica cujos desdobramentos podem ser preocupantes... Bem, resta-nos acompanhar a evolução do quadro, tomando os devidos cuidados, ao tempo em que replanejamos como emergiremos desse mar de confusão, notícias falsas, conflitos de interesse...
Prenúncio de crise(s)
Ariovaldo Esgoti
30/03/2020