Diagnóstico convencional


Quem discorda da fala do Ministro da Saúde, que defendeu ser da ordem de 80% o índice de doenças psicossomáticas, razão pela qual exames seriam desnecessariamente solicitados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), apresentando, assim, resultados normais, que exerça o seu direito ao contraditório mediante a apresentação de dados comprobatórios de que o cenário real seria outro. Contanto que tais informações, de fato, existam, não seria difícil superar a argumentação do Ministro, colocando em xeque suas eventuais pretensões. Por outro lado, se realmente for tão baixa a eficácia do diagnóstico convencional e tão expressiva a contribuição do ainda mal compreendido efeito placebo no tratamento inclusive de quadros cancerígenos, as entidades médicas e seus especialistas fariam um bem maior à sociedade se deixassem de defender apenas os interesses econômicos dos grupos que representam direta ou indiretamente, dedicando-se àquela que deveria ser a sua principal missão: zelar pela saúde do brasileiro.