Que de longa data paira suspeita sobre a integridade de membros do Judiciário não é novidade para ninguém, tendo, aliás, crescido ao longo dos últimos anos o anseio da população para que sua conduta fosse averiguada com imparcialidade. Então, não causa estranheza que dado ministro seja eventualmente submetido à investigação ou procedimentos que confirmariam o grau de lisura de suas ações no exercício das prerrogativas funcionais. Mas certamente o que provoca perplexidade é o vazamento de tais trâmites, já que sua ocorrência ameaça inibir o avanço dos ritos que poderiam determinar responsabilidades, o que acena para a potencial intencionalidade do ato do agente que divulgou o feito. Ou seja, como reza a sabedoria de nossos pais: nem todo acidente o é em essência, assim como nem todo vazamento se dá por mera contingência.
Vazamento intencional
Ariovaldo Esgoti
13/02/2019