Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma


Os postulados da ciência de autoajuda, em vez de terem caducado, como alguns imaginariam, estão mais fortes do que nunca, influenciando as mais diversas áreas, inclusive empresas, clínicas e, ainda que alguns de seus mestres jurem que não, também igrejas. Na realidade, não é tão difícil perceber a sobrevivência dessa filosofia em nosso meio, bastando que ressaltemos suas premissas fundamentais: pensamento positivo, concentração, controle emocional etc. Por outro lado, para sua adequada identificação, é necessária ainda a compreensão de que nesse campo igualmente nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Noutras palavras, a filosofia do pensamento positivo, dentre outros, além de reavivar os princípios da hipnose (herdeira do velho magnetismo animal), desembocou na programação neurolinguística (PNL) e nas estratégias de life coach(ing), que em igrejas tem se travestido de coach(ing) cristão... Considerando a disponibilidade e fartura de boas fontes de consulta aos interessados no aprofundamento do tema, apenas destacarei que tais práticas podem até ter relativo valor na contenção ou desenvolvimento dos recursos da psique humana, porém nem sempre são eficazes no alcance ou na influência consistente do que sábios ou poetas já designaram de coração ou âmago do ser.