A. Esgoti

Quanto desgaste e sofrimento poderiam ser evitados se gestores e investidores realmente compreendessem que menos pode resultar em mais, ou seja, se de fato soubessem que é plausível a obtenção de melhor resultado com faturamento menor ou mesmo com custos e despesas maiores do que a vã racionalidade poderia suportar. O raciocínio no fundo é simples: como nem sempre é viável aumentar o faturamento, podemos a qualquer instante otimizar os gastos, decidindo sabiamente entre os custos e as despesas que devem ser suportados pelo negócio, sem que, por outro lado, sejam criados riscos desnecessários, que poderiam colocar em xeque as operações da empresa. Em outras palavras, em tempos em que pequenas decisões podem abrir espaço para grandes catástrofes, é mais sensato que pequemos por excesso de zelo do que por ação ou omissão, seja dolosa, seja culposa, inclusive porque o custo do ilícito ou do erro pode vir a assumir proporções insustentáveis. Além disso, como ensinou o sábio: é preferível o pouco usufruído num ambiente de paz do que a aparente abundância fruto de confusões, disputas ou tormentos dispensáveis.