Rede de desavenças


Não é novidade que mídias e redes sociais se especializaram em divulgar mexericos e promover desavenças, demonstrando que, se sua existência na prática não depende da desinformação, da intolerância e do desrespeito, ao menos, precisam de alguma medida de caos para justificar sua triste sobrevida. A despeito disso, infelizmente muitos dos que se dizem defensores da paz, do direito, da justiça etc. são justamente os responsáveis pelo êxito aparente desses recursos, que como abutres são atraídos a toda sorte de carniça. Afinal, se assim não o fosse, porque esses pretensos nobres ou esclarecidos desperdiçariam o seu tempo com o lixo que se lhes traveste de notícia? Ora, no fundo, a coisa é bem simples, para quem se respeita e aos outros. Se realmente estivermos conscientes de nossas prioridades, concentraremo-nos no que promove o bem, tanto o nosso quanto o das demais pessoas, e, por consequência, afastaremo-nos naturalmente do que não o faça. Noutras palavras, somente voltaríamos a nossa atenção ao festival, à exposição, à peça, ao filme etc. que tivessem real valor, porque, sabedores de que o tempo é importante demais para ser desperdiçado, preferiríamos focar no que de fato dignificasse a vida ou que, ao menos, proporcionasse diversão de qualidade. E, assim, sem estresse em demasia ou discussões desnecessárias, claro.