Indo além da superfície é preciso reconhecer que o raciocínio defensor de que o aborto deveria ser liberado já que a menina ou mulher o faria de qualquer jeito não passa de argumento falacioso, inclusive porque seus proponentes não o usam noutros temas, como, por exemplo, no caso do acesso a armas aos que assim o desejassem. Aliás, começo a desconfiar do que de fato pretenderiam tais militantes, visto que usualmente são invocados em especial contextos de mulheres negras e pobres. Ou seja, estariam na verdade esses defensores dos direitos humanos querendo justificar uma espécie de genocídio aos brasileiros afrodescendentes, por considerar sua prole dispensável?
Além da superfície
Ariovaldo Esgoti
08/08/2018