A. Esgoti

Pode até parecer difícil no começo, mas, com disciplina e organização, deixar de depender do cheque especial e mesmo do uso indiscriminado do cartão de crédito ou de compras a prazo é mais fácil do que muitos imaginam. Inicialmente é preciso respirar fundo e se decidir pelo controle de suas finanças, aproveitando para dizer não à falsa necessidade de gratificação ou satisfação imediata. Depois é importante por as contas em ordem, elaborando o fluxo de caixa ou orçamento dos próximos meses e, se for o caso, anos. A arte de elaborar e respeitar o próprio planejamento pode se tornar fonte de alegria, se nos dispusermos realmente a dominá-la. Além disso, desse saudável esforço podem vir o hábito, a disciplina e mesmo a inteligência financeira. Em outras palavras, se estivermos comprometidos com o nosso bem-estar e a nossa liberdade ou independência, deixaremos de pagar juros e, neste sentido, de tomar emprestado ou financiar para receber os juros e ter o bastante para poupar e investir. Por outro lado, devemos agir com maturidade, pois, se a dificuldade se revelar tamanha, que ameace superar as próprias forças, é recomendável a busca de apoio especializado. Afinal, se o descontrole tiver como causa algum trauma ou transtorno, sem que tal fonte seja enfrentada pelo ângulo certo, corre-se o risco de naufragar ou sofrer desnecessariamente.