Mesmo que nem sempre seja tão nobre a motivação de quem divulga alertas sobre a importância da atividade física e da alimentação balanceada na promoção da saúde e consequente prevenção, redução ou eliminação de quadros patológicos, com certeza é muito melhor que as pessoas em geral continuem sendo bombardeadas por tais informações, já que isso aumenta as chances de que o sedentarismo e os hábitos alimentares nocivos sejam realmente enfrentados como questão de saúde pública. Neste sentido, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem implementado uma série de ações voltadas à sensibilização de países, agentes e profissionais da área para a urgência de políticas públicas que melhorem ambientes e oportunidades que favoreçam a criação de sociedades mais ativas, como, por exemplo, no recém divulgado plano de ação global em prol da atividade física, o qual visaria prevenir doenças não transmissíveis, tais como: infarto, acidente vascular cerebral, diabetes e câncer. Em outras palavras, como o confirmam os resultados de diversos estudos, que têm circulado inclusive no Brasil, as principais doenças da atualidade que tendem a ser fatais podem ser prevenidas, senão combatidas por meio de práticas menos nocivas e invasivas, além de a um custo sensivelmente inferior ao que usualmente representam as abordagens tradicionais, que focam apenas nos sintomas, em vez de se concentrarem no desenvolvimento da saúde integral, ignorando que a efetiva eliminação ou redução dos efeitos implica necessariamente no afastamento de suas causas.
Plano de ação global em prol da atividade física
Ariovaldo Esgoti
08/06/2018