Precisão cirúrgica


Que o (des)governo do atual presidente, que na prática e ainda que a contragosto da militância é herdeiro político dos companheiros que lhe antecederam, mereça críticas severas dificilmente se discutiria, mas isto não significa que seus algozes, que flertam com toda a sorte de barbárie em nome do projeto de poder que defendem, tenham real conhecimento sobre o que é melhor para o País. Ora, o fato inequívoco é que quando muito esses manipuladores e sua legião de zumbis digitais são capazes apenas de repetir os equívocos que em seu torpe julgamento lhes renderia algum ganho em termos eleitorais, como se o fim fosse o bastante para justificar o emprego de quaisquer meios, inclusive com recurso a estratégias e ações que atropelassem quem estivesse em seu caminho. Por outro lado, o momento é certamente desafiador, senão perturbador, pois, exceto pela incapacidade manifesta pela gestão anterior, parafraseando o projeto de estadista que foi engolido por sua sede insaciável de poder e corrupção, o atual presidente e mesmo boa parte dos governadores têm conseguido revelar uma fraqueza como nunca se viu na recente história deste País. Em outras palavras, se a ação das Forças Armadas, das polícias etc. realmente era necessária no enfrentamento da crise que o movimento dos caminhoneiros disparou ou agravou, que fosse aplicada nos termos da Lei, de imediato e com precisão cirúrgica. Portanto, sem vacilar ou se acovardar, o que infelizmente parece ser a tônica desse pessoal.