Combate à impunidade


Ainda é cedo para que se consiga avaliar a real ou mesmo a potencial eficácia da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) acerca da redução do foro especial ou privilegiado, mas já podemos estar certos de que os eventuais desdobramentos só preocupariam de fato os políticos que têm contas a acertar com a Justiça, sejam os de caracterizada ficha suja, sejam os que têm conseguido driblar a lei, as investigações e o eleitorado. Por outro lado, a despeito desse e de outros desafios que rondam a população, a impunidade precisa ser combatida com vigor, pois os ilícitos ou crimes que contam com a participação crônica de agentes públicos tendem a ser bem mais nocivos à sociedade que quaisquer das demais condutas tipificadas na codificação penal vigente, visto que corroem os escassos recursos que poderiam ou deveriam ser aplicados, por exemplo, na combalida saúde e na caótica educação.