Temas direta ou indiretamente ligados à saúde ou qualidade de vida têm sido recorrentes em minhas abordagens, e isso por uma razão: passei a depender de remédios cada vez menos nos últimos anos até que recebesse, enfim, a alta médica. Ou seja, os "medicamentos" que me deixam bem estão no estilo de vida no qual tenho buscado me aprimorar. No início deu um pouco de trabalho deixar de lado os fármacos, cuja coleção me acompanhara por toda parte. Mas, à medida que corpo e mente se desintoxicavam, foi ficando cada vez mais fácil fazê-lo, até que consegui fechar o primeiro dia, a primeira semana, o primeiro mês... sem a utilização de quaisquer dessas substâncias químicas, que, sob o pretexto de remediar dada patologia, desembocavam em problemas variados. Embora eu tenha decidido mudar os antigos e nocivos hábitos por conta própria, optei pelo acompanhamento médico, pois sentia a necessidade de confirmar os avanços obtidos. Naturalmente, como qualquer pessoa que busca se curar de suas mazelas, passei por altos e baixos, às vezes, apostando as fichas em alguma estratégia para logo em seguida descobrir que ou corpo e mente são cuidados de forma equilibrada ou os resultados pretendidos ficam cada vez mais distantes. Cortei glúten e lactose, retirei sal e açúcar, eliminei industrializados e conservantes..., e depois de um tempo mergulhei no que realmente tem funcionado, a reeducação alimentar, sabendo que "tudo posso, mas nem tudo me convém". Voltei-me ainda a terapias holísticas e abordagens espiritualistas, alcançando o ponto em que tais recursos se tornaram dispensáveis; sendo-me, por outro lado, possível apreciá-los sempre que quisesse em liberdade de consciência. Noutras palavras, o que me permitiu o restabelecimento completo da saúde foi um conjunto de ações, em parte conscientes, na maioria das vezes inconscientes, que somadas neutralizaram o mal em suas raízes, ao ponto de o médico se revelar atônito ante aos resultados dos exames, cuja conclusão essencialmente foi: não há benefícios na intervenção medicamentosa, a qual, se ainda estiver sendo ministrada, deve ser interrompida de imediato. Então, considerando que em minha experiência uma mente sã depende de um corpo são e vice-versa, continuarei com a temática, pois as reflexões têm seus propósitos, claro. Além do mais, como bradava um antigo personagem do humor "tupiniquim": "Saúde é o que interessa, o resto não tem pressa!".
Saúde é o que interessa
Ariovaldo Esgoti
08/12/2017