A denúncia contra o presidente Michel Temer foi arquivada pela Câmara de Deputados, encerrando-se mais um capítulo desse folhetim de péssimo gosto, que serviu, ao menos, para comprovar de novo que, em regra, o voto de nossos representantes é negociável. Um "show" à parte foram as principais justificativas para encenar o apoio ao grupo que se apropriou do país, cujas assertivas são aqui apresentadas com ligeira variação: "Senhor presidente; Pelo fim da corrupção; Pela moralidade na política; Pela ética na gestão pública; Pelo combate ao desemprego; Por reformas trabalhista e previdenciária justas; Para que haja distribuição de renda neste país; Pela família tradicional; Pelo fim da discriminação e do preconceito; Pelo fim da violência à mulher; Pelo direito do nascituro; Pela liberdade religiosa; Pela preservação do mico-leão-dourado; Pelo fim do uso de combustíveis fósseis; Pelo respeito ao meio ambiente...; Eu voto sim"! É por estas e outras que a tendência de votos brancos e nulos nas eleições tem crescido de maneira vertiginosa, já que mesmo os nomes dignos de confiança estão cercados por grupos de interesses contrários ao bem comum.
Um folhetim de péssimo gosto
Ariovaldo Esgoti
04/08/2017