Prioridade no uso de verbas públicas


O prefeito do Rio de Janeiro errou ao anunciar a provável redução à metade do repasse milionário de recursos às escolas de samba do Grupo Especial, para realização do Carnaval de 2018, embora ainda haja tempo para se redimir diante da população. Apesar do chilique principalmente de alguns intelectuais e artistas, e de quem se acostumou a ser bancado por verbas governamentais, cuja origem remete à sangria do povo, é fato que o prefeito errou ao anunciar o corte apenas parcial, já que por óbvio deveria ter sido na totalidade. Contudo, se for efetivamente confirmada a decisão, o quadro servirá de consolo, podendo ainda estimular outros gestores públicos a também priorizarem o que jamais deveria ter sido deixado em segundo plano: saúde, educação, transporte etc. Por outro lado, ainda quanto ao povo carioca, sem dúvidas, o quadro é muito triste, pois o Estado todo sentirá por um longo período as consequências nefastas da farra de seus governantes com o dinheiro público, cujo sofrimento não pode ser diminuído por nenhuma distração, nem mesmo a carnavalesca.