Sabedoria ancestral


Têm multiplicado estudos que confirmam os benefícios da abstinência temporária em particular de álcool mas também de alimentos industrializados. No caso do último principalmente daqueles com elevado índice de processamento, além de ricos em conservantes, açúcares, gorduras, sódio etc. As propostas mais corriqueiras dão conta de que a interrupção do consumo desses produtos por ciclos de pelo menos um mês já seria o bastante para a redução de vários dos males que tendem a assolar a pessoa mais cedo ou mais tarde, dependendo da resistência de seu organismo. Na mesma linha vão propostas em que o objetivo é o de incentivar um estilo de vida com carga moderada de estresse, privilegiando-se ainda a contenção de pensamentos e emoções cujo impacto seja nocivo ao próprio indivíduo ou àqueles com os quais convive. Num mundo tomado por tragédias e problemas de toda sorte manter um olhar menos pessimista e preferivelmente mais otimista, sem que se perca a noção da realidade, nem sempre é tarefa tão fácil, o que acaba levando muitos ao naufrágio. São vários os fatores que podem desequilibrar a situação de maneira desfavorável, contudo uma das pedras mais incômodas nos calçados de muitos costuma ser a falta de disciplina ou persistência, o que, aliás, não deixa de ser em certo sentido fruto do imediatismo, uma cultura perniciosa que nos ameaça diuturnamente. A despeito desses e de outros desafios as pesquisas atuais têm conseguido confirmar o que a sabedoria ancestral compreendia bem: é preciso evitar excessos, privilegiando-se o caminho do meio. Além disso, o jejum, enquanto abstinência total ou parcial de alimentação, pode realmente beneficiar corpo e alma.