A cada dia aparenta fazer ainda mais sentido um dos clássicos provérbios: "A soberba precede o abatimento; antes da queda, a arrogância." ou, dependendo da versão dos textos, "A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda.". É animador que a nossa presidente e alguns de seus correligionários tenham, enfim, chegado à conclusão de que não há mais espaço para a política do "quanto pior, melhor" ou, noutras palavras, do "vale-tudo" na administração da coisa pública... O momento certamente é delicado, pois a economia nacional precisa conseguir se reequilibrar, o que acabará acontecendo mais dia menos dia. Nossa experiência com essas idas e vindas das crises permitem defender o raciocínio, até porque ciclos de prosperidade tendem a ser intercalados com fases de acomodação e invariavelmente de algum grau de declínio. Oxalá, do empresariado ao cidadão comum, saibamos fazer a lição de casa durante esse processo de acomodação da economia, resistindo aos apelos em prol do maior consumo e por extensão do endividamento, até porque dificilmente há prosperidade duradoura sem poupança, plano de investimentos e planejamento de gastos, o que, claro, pressupõe criatividade, inovação etc.
A soberba precede o abatimento
Ariovaldo Esgoti
10/08/2015