Certamente o consumidor vive tempos difíceis. Está cercado por produtos alimentícios que, em vez de nutrirem o organismo, envenenam o corpo inteiro. Tem à sua disposição remédios que, para atenuarem dados sintomas, desencadeiam toda sorte de males. Isso para que não se cogite da subcultura que tenta assaltá-lo em cada esquina. Seria muito bom se pudéssemos confiar sem restrições em nossos dirigentes e nas autoridades que procuram nos convencer a qualquer custo de que suas opiniões apontam para um caminho seguro. Mas a realidade não corrobora tal perspectiva, pois o indivíduo que se rende aos interesses de outrem só serve para ser instrumentalizado. Atingimos um ponto da existência em que a melhor alternativa é tomarmos as rédeas de nossas vidas, averiguando pessoalmente a validade de tudo quanto de relevante nos seja apresentado, sob pena de colocarmos em risco a própria sobrevivência. Isso não significa que tenhamos que reinventar a roda, entretanto do fato de que algumas opiniões sejam merecedoras de atenção não se conclui necessariamente que devamos baixar a guarda, rendendo-nos às primeiras investidas de quem quer que seja. Sem dúvidas a legislação e o judiciário evoluíram muito nos últimos anos, porém os avanços conquistados não conseguem dar conta de todos os desafios que o dia a dia pode nos apresentar. É preciso que caminhemos com os olhos bem abertos, a fim de conseguirmos evitar os tropeços que são possibilitados pelo estado de desatenção. Noutras palavras, a prudência deve ser nossa aliada, deve ser exercitada a todo instante.
A prudência deve ser nossa aliada
Ariovaldo Esgoti
27/05/2014